segunda-feira, 25 de junho de 2007

Eu amo porque todo sujeito é livre pra conjugar o verbo que quiser!

é longo... mas vale a pena!



Eu não sei o que estou sentindo, sei que me encontro perdida em um
turbilhão de pensamentos e deduções.
Eu tenho todos os anos que me são necessários para saber que daqui um
tempo, quando tu descobrir ainda muita coisa, você vai olhar para trás e
se perguntar o porque deixou passar. E eu tenho todos os anos que me são
necessários pra poder dizer antes mesmo de que se passe qualquer que
seja o tempo para dizer que você deixou passar porque o lugar nunca fora
do seu lado de dentro. Talvez do lado, mas nunca, nunca do lado de
dentro.
No início, na sua chegada eu poderia jurar que você era um menino
lindo. Lindo e mais um entre tantos outros lindos que apareceram e ainda
apareceriam na minha. Ilusão boba que a gente cria em cima das pessoas
simplesmente por compará-la a todas as outras.
Talvez você nem saiba, talvez por falta de necessidade, pela pouca
intimidade que tínhamos em nosso primeiro contato, achei desnecessário
me abrir e falar do que eu fingia que andava vivendo. Estava
‘envolvida’ num ‘quase relacionamento’ onde o palhaço era
realmente participante de um circo sem futuro, cujo o espetáculo não
chamava a atenção do meu coração. Era desperdício demais investir em um
espetáculo sendo que nem eu mesma estava interessada em fazer parte da
encenação toda. Desperdício para o público que se divertia com a ilusão
toda e acabava não percebendo que não estavam vendo nada além de cenas
prováveis, ensaiadas e sentimentos já ultrapassados por todo o cansaço
que aquilo me causava. Não adiantava as palmas depois de uma palhaçada
ou outra, não adiantavam os pedidos de bis. Para mim eu sempre desejava
que aquilo acabasse por ali, que eu acabasse por ali... Aquele soldado
de chumbo não era bem o que tocava o coração da bailarina.
O público não percebia a lágrima no meu rosto e continuavam a torcer
pela “felicidade” que todos viam... mas que eu não sentia... nem eu
e nem meu coração. Pensar em continuar com aquilo tudo realmente me
cansava, e ninguém se quer percebia!!! Mas eu persistia na encenação...
não pela falsidade, e sim pela vontade de que aquilo tudo, pela minha
insistência, pudesse se tornar mais do que uma encenação... torcia para
que se tornasse tão real para mim quanto parecia ser real para os
outros. Não conseguia ver um palmo a minha frente por optar não ver.
Assim tudo aparentava uma falsa calma. Aquele palhaço nunca conseguiria
ultrapassar as barreiras que eu criara na minha vida sentimental, porque
eu nunca permitiria, porque eu estava segura e não tinha porquês de me
arriscar de novo em um relacionamento que durasse um ou dois meses,
cinco ou seis meses... sete ou oito anos. Ainda assim, resolvi apostar
num relacionamento talvez não tão tranqüilo para meus sentimentos que
viviam gritando dentro de mim sem que eu desse ouvidos para as
reclamações dos amores incomodados, mas seria tranqüilo porque ali
eu teria o que todo mundo precisa... demonstrações de amor, carinho,
braços confortáveis, colo certo, bares, risos, alguns beijos, algum
desejo. Eu preferiria parar nos risos e até mesmo nos bares, porque
esqueceram de incluir a importância que eu sempre dei em sentir. Há,
paremos de culpar os outros... até eu me esqueci que eu mesma dava
prioridade ao sentimento mutuo mesmo entre coisas tão atrativas como
risos, amigos que torciam pelo sentimento que parecia verdadeiro...
E devagar eu fui chegando mais perto de ti e aos poucos fui descobrindo
que tudo era desabitado. Lugar novo para mim e situação nova para
você... Antes mesmo de você me encantar de vez, sem eu se quer pensar
em ganhar um beijo teu, eu resolvi acabar com o espetáculo, fechei as
cortinas e sai de cena. Os ingressos comprados pelo assíduo publico
foram devolvidos, as promessas de dias felizes se desfizeram frente a
tudo o que deduziam que eu sentia. Eu nunca senti nada daquilo, eu
queria sentir, mas não conseguia. Os risos escondiam as lágrimas, a
falsa felicidade encobria a falta de amor e foi ai que eu encontrei
você. Não encontrei um amor, encontrei só você e seu coração me
pareceu vazio... porém aconchegante. Entrei sem pedir muito por favor,
mas andando por dentro dele encontrei alguma coisa ali... ali num canto
escondido. Neguei a existência e quis de qualquer forma tomar um espaço
maior... talvez eu tenha até conseguido, mas eu sempre soube que aquele
pedacinho de sentimento que estava quietinho ali , acabaria por me
incomodar mais cedo ou mais tarde e me faria ter de sair pela porta dos
fundos sem mais do que meias palavras e com duas conchas na mão.
Apesar de estar consciente de todas as conseqüências que isso poderia
me trazer, eu resolvi baixar a guarda e deixar que as coisas tomassem o
rumo que quisessem. E tomaram. Eu não sei dizer os porquês e nem se foi
desafiante para mim toda essa situação. Eu sei que em algum momento, em
alguma ligação eu desejei um beijo teu. Porque eu sabia que aquilo seria
mágico. Eu sempre soube. E o cinema pareceu mais colorido, e seu rosto
me pareceu mais bonito, sua mão mais macia e eu quis de novo um beijo
seu. E quando a gente quer muito alguma coisa, as coisas conspiram a
nosso favor e assim aconteceu. Um beijo, dois, meio sem jeito, meio com
vergonha de estar me deixando envolver por alguém tão mais novo, mas não
quis pensar em bobagens. E mesmo com toda a tua vergonha, o meu medo,
teve mais do que dez beijos, e todos me fizeram alcançar o céu... E o
sarau nunca teve tanta graça como teve com você perto de mim, cantando
do meu lado.
E sem dúvidas eu posso afirmar que todos os momentos foram mágicos.
Seus olhares, seu carinho, seu cuidado... Sua existência foi como um
passe de mágica. E se naquele momento você tirasse coelhos de cartolas,
seria a mágica mais boba relacionada a todas outras magias que você
andava fazendo. E a cada momento eu sabia que não era mais um momento
perto de você... Eu sabia que era MENOS um momento. Porque como toda a
magia tem seu fim, essa não poderia ser diferente, e assim que a ilusão
se desfizesse não restariam mais as cartolas, coelhos... não restaria
mais nada além da doce ilusão que ficaria gravada em mim.
Eu sempre tive toda a certeza do mundo que a única forma da gente dar
certo seria separados. Ainda assim por me encontrar perdida em um
“quase” relacionamento sem futuro, você foi a luz no fim do
túnel. Foi o caminho paralelo, o desvio do labirinto aonde eu me
encontrava sem saídas. Foi o príncipe que tira a tal princesa, no caso,
gata borralheira, do sono profundo, ou da torre mais alta e leva ela
para a pedra mais alta...
Talvez tu nunca tivesse imaginado tudo isso... talvez Deus me colocou
um anjo só pra me tirar do que parecia sem saída e pra me mostrar que
ainda existe chance de achar alguém que seja simplesmente meu oposto.
Mas que me cative sendo apenas um sujeito simples.

E eu só queria te agradecer por ter sido meu anjo. Por ter me tirado do
picadeiro de um circo onde não existiam as redes caso eu despencasse da
corda bamba. Agradecer por ter me tirado os sentimentos ruins, por ter
me feito amanhecer brilhando mais forte e agora por continuar me guiando
mesmo estando do outro lado.
Obrigada por cada sentimento que você causou, por cada riso, por cada
beijo sincero, por cada magia, por cada olhar brilhante.

Você foi meu sonho bom! E eu vou te levar pra sempre comigo!

Torço infinitamente por você e pela sua felicidade. E agora, fora de
todo o labirinto que eu estava, eu sei que posso seguir bem e encontrar
a estrada certa sem atalhos! Você foi um pouco do meu “Felizes para
Sempre” e que o nosso conto de fadas continue sendo colorido. Mesmo
com você ai e eu aqui... que sejamos felizes para sempre!!!

6 comentários:

Anônimo disse...

Nossa...

Eu vim te chamar pra passear, mas acho melhor voltar outra hora...rs

Beijo, linda...
Fico feliz por você.

www.asmaravilhasdopaisdealice.blogger.com.br

Jenny disse...

oi linda!!!!!descobri teu blog assim, fuçando aqui acolá...rsrsrsrsr
adoreiiii muito seus textos, todos cheios de vida e amor!!!!lindo demais!!!!
muitas felicidades pra vc, vc merece flor!!!!!!!
beijos


ps: desculpe-me a intromissão...rsrsrsrs

Y. Camargo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Y. Camargo disse...

Oieee rara kerida!!!
seu blog é tão lindo e vc escreve tão bem, pq deixou ele tão abandonado????

saudades...

bjs!

www.ycamargo.zip.net

Anônimo disse...

Desistiu???
Beijo,
Alice
www.asmaravilhasdopaisdealice.blogger.com.br

Pati disse...

Oi! Me mande seu email depois! ;)
Bjs!