terça-feira, 5 de junho de 2007

*vai dizer que nossas preces não alcançaram o céu...*

Na virada de um dia para o outro tudo já não era mais tão colorido assim. Caso eu ousasse abrir a janela, guardo aqui dentro a certeza que a estrela que a noite entregou não estaria lá ontem... ou hoje... tanto faz!
Amanheceu com cara de entardecer, rolei na cama até ter certeza que ia me atrasar. O dia não prometia ser nada bom, então pra que levantar correndo? Que eu aproveitasse os últimos minutos de paz que as penas de ganso prometeram oferecer quando coloquei minha cabeça em turbilhões esperando umas 5 horas de trégüa. Foram umas 3 horas, já que o sono lutava contra os pensamentos que não conseguiam se acalmar.
O frio estava mais congelante de outrora, e por coincidência ou não o sol nem se quer ousou dar as caras, diferente de ontem, onde o dia estava radiante. Realmente hoje, o dia que começou com a noite, não estava sendo nada cor de rosa... Por coincidência ou não sai com três blusas de casa e um "cobertorzinho" em cima pra tentar me aquecer... em vão, já que todo o frio que eu estava sentindo vinha de dentro para fora. O frio que vinha com o vento era tão pouco diante de todo o gelo que eu podia sentir do lado de dentro.
As vezes desconfio que metade de mim (a metade do amor, aquela metade que comanda a outra metade tb) ainda não passou dos seus 15 ou 16 anos de idade.
E por coincidência ou não, a culpa são dos 15 ou 16 anos de outra idade de outra metade.
Por coincidência ou não, a roupa toda preta, só fazia o favor de transparecer toda a escuridão que eu podia sentir.
Luto???
Não era desejo meu que existisse mais uma perda dentro de mim.
Mas o fato era que mais uma personagem se desfizera.
E essa durou tão pouco tempo.
Começou branco, ficou rosa, e acabou antes que toda a fantasia pudesse perder seu encanto.
Foi conto de fadas, foi lindo. Pena que não existiu.






Falando de um jeito maneira
Da lua, da estrela e de um certo amor
Que agora acompanha seu dia,
e pra minha poesia é o ponto final
É o ponto em que recomeço, recanto e despeço
da magia que balança o mundo
Bailarina, soldado de chumbo
Beijo e dor

2 comentários:

Joyce disse...

Caramba! Eu fiz o blogspot com a esperança de ser como um humano: "mais 1 em 18 milhões"; ou alguma coisa do gênero. Na verdade, eu sou só mais um coraçãozinho bobo que não tem toda coragem que precisa, então me escondo nas palavras, palavras que quem precisa ler, não lê. Otimissíssimo encontrar alguém que goste tanto de O Teatro Mágico quanto eu, que goste tanto de palhaços, bailarinas e soldados de chumbo, e de pontos de interrogações!! E que também os seja um pouco. É esse o nosso encanto.
Muitíssimo prazer, o seu teatro de cada dia, virou item da minha literatura diária ;]
:**

Anônimo disse...

Minha boneca, minha bailarina amada, amo tanto e sinto tanto quando leio seus textos.
Sou inevitavelmente apaixonado por cada pedacinho de você. Por cada palavrinha que se forma quando um pedacinho de você se desfaz. Esse foi dolorido. Mas pra variar eu termino de ler ainda mais encantado e me perguntando se um dia minha metade vai ser de pano, como você...

te amo princesa.